21.10.15

De graça recebestes, de graça dai. (Mateus 10:8)















As coisas espirituais
A humildade
A mansidão
A misericórdia
A fome e a sede de justiça
A pureza de coração
A alegria, a fé, a esperança e o amor
Do ponto de vista de algumas pessoas - ocas
São coisas inúteis - coisas de gente tola
E isso, porque as coisas espirituais
São coisas que a gente busca
Não porque elas tem valor de troca
Ou de compra e venda
Não, a graça de Deus não é moeda
Não podemos negociar com as bençãos de Deus
De graça recebemos, de graça damos
(Esse é o lema da vida espiritual)
Ninguém pode vender amor
Ninguém pode comprar amor
Ninguém pode comprar felicidade
Ninguém pode vender felicidade
Ninguém pode vender a vida eterna
Ninguém pode comprar a vida eterna
Ninguém pode orgulhar-se de ser humilde
Ninguém pode fazer da misericórdia, um comércio
Nas coisas de Deus não existe comércio, existe comunhão
Por isso, do ponto de vista de algumas pessoas - ocas
Uma pessoa rica das coisas de Deus
É uma pessoa pobre, inútil e tola
Porque o mundo vê tudo - as coisas e as pessoas
De um ponto de vista meramente utilitário
Mas aqueles que são espirituais
Enxergam a vida a partir do seu significado eterno
E não a partir do seu valor de comércio e barganha
Não, aquele que é espiritual não barganha
Com as coisas de Deus e nem faz comércio de almas
Mas simplesmente dá de graça o que recebeu de graça
Porque a Cruz de Cristo
Não é uma franquia
E o nome de Jesus
Não é um nome fantasia
E o evangelho não é um negócio
Mas sim, o poder de Deus
Para a salvação - gratuita - de todo aquele que nele crê
VBMello

9.10.15

No mundo tereis aflições...












No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. (Jesus Cristo) - João 16:33
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Nos dias de fome e sede de justiça
Nos dias de aflições e perseguições
Nos dias de isolamento e ansiedades
Nos dias em que a figueira não florescer
Nem a vide der o seu fruto
Nos dias em que o Maligno vem
Cerca-nos e ameaça a nossa alma
Não devemos esmorecer nem esquecer
Que nós somos bem-aventurados
Não devemos esquecer que somos filhos de Deus
Sim, nos dias maus e sombrios
Não devemos cair na tentação
De desistir do amor e do perdão
Não devemos cessar a oração
Devemos manter a fé, a esperança e o amor
Devemos manter o bom ânimo
Devemos – sem olhar para trás
Continuar seguindo em frente
Certos de que somos peregrinos neste mundo
E que o nosso destino final... É o céu
VBMello


Há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar.  (Eclesiastes 3:4)
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Bem-aventurado os que choram, porque serão consolados. Sim, é a certeza absoluta da consolação de Deus, que torna a dor do choro suportável. Sem esta certeza, em tempos das grandes dores, a alma não suporta os fortes ventos contrários e desaba. Deste modo, aquele que sofre não deve cair na tentação de focar o seu coração naquilo que causa o seu choro. Se a causa da dor tem solução, solucione. Mas se não tem, não  perca o seu tempo lutando contra ela. Porque, neste caso, a causa do choro é o que menos importa. Focar nela certamente sobrecarregará o coração com o peso desnecessário da amargura, da raiva e do desejo de vingança. Ódios e ressentimentos vários podem surgir quando você foca a sua atenção em quem - ou no que -, te faz sofrer e chorar. Não, não perca o seu tempo irritando-se com quem voluntariamente, te faz chorar. Entregue tudo nas mãos de Deus. Mantenha a fé e o amor. Perdoa o seu inimigo, afaste-se do caminho dele, e continue andando no caminho da vida, da paz e da verdade. Guarde a sua alma dos rancores. Não aumente as suas dores. Foque o seu coração, os seus pensamentos e as suas ações na certeza de quem tudo passa, e que, em breve, chagará também o seu tempo de sorrir e dançar. Mantenha o bom ânimo e alimente a esperança de dias melhores. Alegre-se com a certeza de que o seu choro e o seu pranto não durarão para sempre, mas que vão passar. Console-se na confiança de que em breve será dia de festa e danças. Sim, depois do choro, vem o tempo de rir. Depois do pranto, vem o tempo de dançar. Não tenha vergonha de chorar e derramar lágrimas. Não engula o choro. Chore, pois é tempo de chorar. Mas acima de tudo, não perca jamais a esperança de quem em pouco tempo, Deus mesmo enxugará todas as suas lágrimas...

VBMello

Mas [se] não tiver amor, nada serei. (1 Coríntios 13:2)

Mas [se] não tiver amor, nada serei. (1 Coríntios 13:2)
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O amor é o maior dos dons. É a partir dele que todos os outros dons encontram verdadeiro significado e valor espiritual. Fora do amor não existe verdadeira espiritualidade – existe verdadeira  vaidade (1Co 13). Separados do amor até os mais incríveis atos de fé, oração e louvor, não valem nada. São meros atos, obras e  exibicionismos de uma alma sobrecarregada de vaidades e cativa de aplausos e elogios (Mt 6:5). Sim, sem o fundamento do amor, a fé não passa de mera crença, vaidade e fanatismo em busca de glória pessoal. O principio o meio e o fim do evangelho, é amor. Sem verdadeiro amor não existe verdadeiro evangelho. Sem verdadeiro amor não existe verdadeiro dom espiritual, pois todo dom verdadeiramente espiritual nasce do amor e vive em função do amor. O evangelho é amor. O evangelho é graça - e graça é amor. Deus é amor. Aqueles que seguem a Cristo devem amar como ele amou. Não existe outro meio de viver em Cristo e para Cristo, que não seja viver em amor. Viver em função do amor é a fundamento essencial do viver cristão. Sem amor não existe vida cristã. O evangelho submeteu tudo ao amor. De modo que, a morte do amor representa necessariamente a morte de todos os dons espirituais. Sem amor, nada de bom sobrevive no coração humano. Estritamente falando, amor é tudo aquilo que faz o ser humano - ser humano. Onde não existe amor, sobra guerra e desumanidade.  Segundo evangelho de Jesus, os heróis da fé são antes de tudo - heróis do amor.  Quem não ama não pode agradar a Deus, pois a fé que agrada a Deus é a fé que nasce do amor... Sim, sem amor, ainda que eu realize grandes obras dignas dos aplausos humanos, diante de Deus, eu nada serei.
VBMello

A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda.

A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda. (Pr 16:18)
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É a preço de ruína e queda, que a alma torna-se soberba. Tudo desmorona e morre quando a alma torna-se soberba. Morre a sabedoria, morre a inspiração, morre o amor, morre a amizade, morre a esperança, morre a fé. O rio da vida não flui bem num coração entulhado pelo lixo da soberba. O rio da vida somente flui límpida e abundantemente num coração cheio de paz, fé, humildade, alegria, perdão, amor, esperança e misericórdia. A soberba oprime a alma e sobrecarrega e cansa o coração. A soberba petrifica o coração. A soberba é o deserto da alma. Coisa alguma floresce sob o veneno da soberba. A soberba mata os sonhos e adoece os desejos. O indivíduo que, em nome de uma vida soberba, deixa o seu coração empedrar, torna-se um ser oco e sem sentido; um ser definitivamente cansado de tudo, de si mesmo, da vida, de Deus e do mundo..., um cínico que desconfia de tudo e que se imaginando acima do bem e do mal, caminha rápido para a queda...
VBMello

Tudo morre - até o amor -, quando a palavra morre...

No encontro saudável entre um homem e uma mulher, a palavra precede o amor. Antes de se tornarem um pela união dos corpos, eles tornam-se um pela harmonia da palavra. O encontro dos corpos não substitui o encontro da palavra. No amor, a palavra se faz corpo - a palavra se faz carne. Sim, sem o encontro íntimo da palavra, o encontro dos corpos é muito superficial e insatisfatório. Sem a intimidade da palavra, tudo intimida. Entre um homem e uma mulher, a história do amor é, no fundo, a história do diálogo que eles conseguem manter entre si. É a palavra mútua que dá sentido ao relacionamento. A palavra é sabedoria, é amor, é amizade, é pergunta, é resposta, é alegria, é romance, é poesia e é criatividade. A qualidade do falar e do ouvir determina a qualidade da saúde geral do relacionamento. Sim, o amor possui uma necessidade inata de se expressar em voz alta, de modo que, tudo morre, quando se nega ao amor o dom da palavra. Quem ama, sente necessidade de dizer que ama. E quem é amado, sente necessidade de ouvir que é amado. Fora das palavras de amor, não existe entendimento, e o amor acaba em frustração. O fim da palavra é o começo da solidão. O fim da palavra é o começo do grito. O fim da palavra é o começo do desprezo. O fim da palavra é o começo do fim do relacionamento. Nada sobrevive onde a palavra não sobrevive. A ausência da palavra não é silêncio, é vazio, é solidão. A palavra é amor. A palavra é comunhão. Sim, quem ama chama pela presença do outro. Quem ama atende ao chamado do outro. A falta de diálogo precede a morte do relacionamento. Não existe - nem pode existir – verdadeiro amor, onde não existe verdadeiro diálogo. Amor é harmonia geral de um ser com outro ser. Amor é ternura geral de um ser com outro. O amor acontece quando duas pessoas - pela palavra mútua - afinam uma com a outra os seus ritmos espirituais e físicos. Quando a vida de um se encontra e se harmoniza perfeitamente com a vida do outro, tudo é amor. Sim, o amor acontece quando um fala a língua do outro. Casais que mal se falam e que mal se olham, são necessariamente casais que mal se tocam e mal se amam.  Sim, tudo morre - até o amor -, quando a palavra morre...
VBMello