"Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; senão, virei a ti e removerei o teu candelabro do seu lugar, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2:4-5)
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Não existe nenhum estado elevado de amor ou conhecimento,
que para continuar sendo amor e conhecimento, escape da necessidade de sempre
retornar ao primeiro amor de Deus, fonte de todo amor e sabedoria. Como a corça
que corre para as águas, nós também, ao menor sinal de sede, devemos correr
para a fonte de água viva, que é Cristo. E isso, por uma razão muito simples,
não existe vida fora de Cristo. Nada
substitui a experiência pura do primeiro amor. Perdê-la, isto é, distanciar-se
da verdadeira motivação pela qual Deus nos ordenou viver a
vida, é uma perda grave para a nossa alma.
É uma grave perda, porque de todas as coisas que pensamos,
falamos e fazemos, somente aquilo que pensamos, falamos e fazemos motivados
pelo amor, permanecerá para sempre, como parte daquele tesouro que Cristo nos
recomendou juntar no céu. Com efeito, de todas as coisas que realizamos nessa
vida, somente as coisas que realizamos movidos e motivados pela simplicidade do
verdadeiro amor, terão algum valor nos dias da eternidade. O resto das nossas
palavras e realizações, a traça comerá e a ferrugem corroerá. No fim de todas
as coisas, somente o que nasceu do amor, permanecerá para sempre.
Fora do amor, as nossas palavras e as nossas obras,
são como orgulhosas bolhas de sabão, que desaparecem quando tocadas pelos
primeiros raios do sol do amanhecer. O que não nasce do amor, não suporta
a nem a força do tempo e nem a força das intempéries. Quando a tempestade cai e
as águas sobem e o vento sopra com fúria, tudo que não está firmado na
esperança, na fé e no amor, cai, desmorona e desaparece como se nunca tivesse
existido.
Com efeito, a força, a permanência, a graça e o
valor de tudo que fazemos, encontra-se unicamente no amor e na fé com que nos
dedicamos ao trabalho de realizá-las. Tudo que é realizado sem fé e sem amor, é
palha para o fogo e cinza que o vento leva num instante.
As verdadeiras realizações da nossa vida, são
realizações e criações inspiradas pela fé e motivadas pela graça do amor. Em
todas as coisas, é o amor de Deus que nos capacita para as boas obras. Sem essa
graça de Deus, seriamos completamente incapazes de realizar qualquer boa obra.
Mas o amor é um fogo que precisa ser continuamente
mantido. Para permanecer, o amor precisa ser renovado dia após dia. Para que o
amor não esfrie, a comunhão deve ser constante. Devemos realmente viver sob a
graça de Deus e devemos tirar dele toda a nossa força, fé e esperança. Devemos
sempre retornar ao primeiro amor. Na verdade, nunca devemos nos afastar dele,
pois ele é Cristo, a fonte única da nossa vida. Longe dele, a nossa motivação
para as boas obras esfria e se apaga como uma brasa tirada do fogo. Para que a
força espiritual da nossa vida continue fluindo sem cessar, na intimidade do
nosso coração, Cristo deve reinar sem cessar e a experiência do primeiro amor
deve ser constante, como um fogo que arde sem cessar. Perder essa experiência,
é perder tudo... É se transformar num corpo sem alma e vagar sem destino,
perdido no mundo, vazio e sozinho, uma sombra entre outras sombras...
_VBMello
Aprecio o entendimento e correlações que faz dos discursos bíblicos aplicados ao nosso dia a dia!
ResponderExcluirPermitir o fluxo contínuo da Presença Divina em nossas vidas é o caminho...