9.10.15

Mas [se] não tiver amor, nada serei. (1 Coríntios 13:2)

Mas [se] não tiver amor, nada serei. (1 Coríntios 13:2)
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O amor é o maior dos dons. É a partir dele que todos os outros dons encontram verdadeiro significado e valor espiritual. Fora do amor não existe verdadeira espiritualidade – existe verdadeira  vaidade (1Co 13). Separados do amor até os mais incríveis atos de fé, oração e louvor, não valem nada. São meros atos, obras e  exibicionismos de uma alma sobrecarregada de vaidades e cativa de aplausos e elogios (Mt 6:5). Sim, sem o fundamento do amor, a fé não passa de mera crença, vaidade e fanatismo em busca de glória pessoal. O principio o meio e o fim do evangelho, é amor. Sem verdadeiro amor não existe verdadeiro evangelho. Sem verdadeiro amor não existe verdadeiro dom espiritual, pois todo dom verdadeiramente espiritual nasce do amor e vive em função do amor. O evangelho é amor. O evangelho é graça - e graça é amor. Deus é amor. Aqueles que seguem a Cristo devem amar como ele amou. Não existe outro meio de viver em Cristo e para Cristo, que não seja viver em amor. Viver em função do amor é a fundamento essencial do viver cristão. Sem amor não existe vida cristã. O evangelho submeteu tudo ao amor. De modo que, a morte do amor representa necessariamente a morte de todos os dons espirituais. Sem amor, nada de bom sobrevive no coração humano. Estritamente falando, amor é tudo aquilo que faz o ser humano - ser humano. Onde não existe amor, sobra guerra e desumanidade.  Segundo evangelho de Jesus, os heróis da fé são antes de tudo - heróis do amor.  Quem não ama não pode agradar a Deus, pois a fé que agrada a Deus é a fé que nasce do amor... Sim, sem amor, ainda que eu realize grandes obras dignas dos aplausos humanos, diante de Deus, eu nada serei.
VBMello

A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda.

A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda. (Pr 16:18)
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É a preço de ruína e queda, que a alma torna-se soberba. Tudo desmorona e morre quando a alma torna-se soberba. Morre a sabedoria, morre a inspiração, morre o amor, morre a amizade, morre a esperança, morre a fé. O rio da vida não flui bem num coração entulhado pelo lixo da soberba. O rio da vida somente flui límpida e abundantemente num coração cheio de paz, fé, humildade, alegria, perdão, amor, esperança e misericórdia. A soberba oprime a alma e sobrecarrega e cansa o coração. A soberba petrifica o coração. A soberba é o deserto da alma. Coisa alguma floresce sob o veneno da soberba. A soberba mata os sonhos e adoece os desejos. O indivíduo que, em nome de uma vida soberba, deixa o seu coração empedrar, torna-se um ser oco e sem sentido; um ser definitivamente cansado de tudo, de si mesmo, da vida, de Deus e do mundo..., um cínico que desconfia de tudo e que se imaginando acima do bem e do mal, caminha rápido para a queda...
VBMello

Tudo morre - até o amor -, quando a palavra morre...

No encontro saudável entre um homem e uma mulher, a palavra precede o amor. Antes de se tornarem um pela união dos corpos, eles tornam-se um pela harmonia da palavra. O encontro dos corpos não substitui o encontro da palavra. No amor, a palavra se faz corpo - a palavra se faz carne. Sim, sem o encontro íntimo da palavra, o encontro dos corpos é muito superficial e insatisfatório. Sem a intimidade da palavra, tudo intimida. Entre um homem e uma mulher, a história do amor é, no fundo, a história do diálogo que eles conseguem manter entre si. É a palavra mútua que dá sentido ao relacionamento. A palavra é sabedoria, é amor, é amizade, é pergunta, é resposta, é alegria, é romance, é poesia e é criatividade. A qualidade do falar e do ouvir determina a qualidade da saúde geral do relacionamento. Sim, o amor possui uma necessidade inata de se expressar em voz alta, de modo que, tudo morre, quando se nega ao amor o dom da palavra. Quem ama, sente necessidade de dizer que ama. E quem é amado, sente necessidade de ouvir que é amado. Fora das palavras de amor, não existe entendimento, e o amor acaba em frustração. O fim da palavra é o começo da solidão. O fim da palavra é o começo do grito. O fim da palavra é o começo do desprezo. O fim da palavra é o começo do fim do relacionamento. Nada sobrevive onde a palavra não sobrevive. A ausência da palavra não é silêncio, é vazio, é solidão. A palavra é amor. A palavra é comunhão. Sim, quem ama chama pela presença do outro. Quem ama atende ao chamado do outro. A falta de diálogo precede a morte do relacionamento. Não existe - nem pode existir – verdadeiro amor, onde não existe verdadeiro diálogo. Amor é harmonia geral de um ser com outro ser. Amor é ternura geral de um ser com outro. O amor acontece quando duas pessoas - pela palavra mútua - afinam uma com a outra os seus ritmos espirituais e físicos. Quando a vida de um se encontra e se harmoniza perfeitamente com a vida do outro, tudo é amor. Sim, o amor acontece quando um fala a língua do outro. Casais que mal se falam e que mal se olham, são necessariamente casais que mal se tocam e mal se amam.  Sim, tudo morre - até o amor -, quando a palavra morre...
VBMello

26.8.15

Tudo é licito, mas nem tudo me interessa...










Sim, tudo é licito, mas nem tudo me convém...
Tudo é licito, mas nem tudo me interessa
Das coisas que o dinheiro compra
Eu só quero aquilo - que não me compra
Das coisas que existem no mundo
Eu só quero o que vem do alto – do Pai das luzes
Que é o que me interessa
E o que não for luz, não me interessa
Eu saio da frente, e deixo passar – não me faz falta
Nem me alimenta – só me atormenta
Preciso de bem pouco para ser feliz
Amizade e amor verdadeiro
A graça de Deus – basta-me
Vivo aqui embaixo – no mundo
Mas inspirado pelas coisas lá do alto...
Tendo um pouco da luz de Deus, dou-me por satisfeito
O Senhor é o meu pastor, e nunca me faltou
Quando as tempestades da vida apertam
Cristo é o meu porto seguro, onde aporto
E descanso a alma - e revigoro as forças
Nos caminhos da vida, não me oriento pelas estrelas
A direção do meu caminho, é iluminada
Pela luz que vem do Espírito do Senhor
A minha carga é leve – não levo prata nem outro
O meu tesouro é feito das coisas simples da vida
E o meu castelo forte, é o meu coração
Que eu guardo acima de todas as coisas da vida
Sim, todo o meu tesouro – o reino de Deus
Eu levo guardado no meu coração
Sim, a minha riqueza é feita de coisas
Que o dinheiro não pode comprar
Coisas simples de quem perdeu o mundo
Mas não perdeu a alma...
VBMello
VB Mello

O nosso lugar secreto de oração, o nosso coração













Tu, porém, quando orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente. (Mt 6:6)
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Sozinhos com Deus, entramos no santo dos santos
Do nosso ser - o nosso coração, a nossa morada interior
A habitação do Pai Altíssimo em nós – o céu em nós
O lugar onde desnudamos completamente a alma, em oração
O quarto fechado e profundo do nosso ser
Lugar exclusivo para dois - nós e o Pai Altíssimo, e só
O lugar onde, sem máscaras e disfarces
Nós somos o que somos diante do grande EU SOU O QUE SOU
O lugar separado das vozes, vaidades e aplausos do mundo
O lugar da nossa experiência pessoal
Com as coisas e mistérios da eternidade
O lugar onde Deus é mais íntimo de nós, do que nós mesmos...
Não, o nosso quarto interior - o nosso coração
O nosso lugar secreto de oração e comunhão
O lugar onde falamos intimamente com Deus
Não é um deserto, não é um cárcere
Não é uma solidão, não é um vazio, não é um caos...
É a existência de Deus em nós..., é a vida em nós
O lugar onde a eternidade nos habita – e nos move
O lugar onde nele vivemos, respiramos e existimos
O lugar onde oramos sem cessar
Sim, o quarto profundo da nossa alma...
O lugar das respostas de Deus em nós
O lugar para onde - sem cessar - voltamos em oração
É um lugar de silêncio, luz, paz, humildade, amor e graça...
Jardim interior de ventos amenos do Espírito Santo
E fontes de água viva - o lugar onde escutamos a voz do Pai
O lugar onde o nosso coração se confessa ao Altíssimo
O lugar onde Deus nos perdoa, e derrama sobre nós a sua graça
O lugar onde nós perdoamos quem nos tem ofendido
O lugar onde a árvore da vida finca as suas raízes no nosso ser
O lugar onde as letras que enchem a nossa mente
Ganham a vida e o poder do Espírito Santo
O lugar onde entramos vazios
E saímos cheios do Espírito do Senhor
O lugar do reino de Deus em nós
O lugar onde a vida de Deus
Acontece em nós..., o nosso coração em oração
VBMello

O amor não é uma teoria – amor é gesto de fé...











Embora existam muitas teorias do amor
O amor não é uma teoria
O amor não é feito de palavras
Embora no processo de amar e estar junto, também fale
Não é uma ideia, embora dele nasçam muitas ideias
O amor não é poesia, embora seja a inspiração de tantas poesias
*
O amor é uma experiência
Uma pura e sublime experiência de vida
É repartir o pão... E repartir também o coração
*
Amar a Deus - é ser um com ele
E deixar que ele seja Deus em nós
É estar sempre cheio do seu Espírito
É deixar a sua palavra penetrar
E permanecer para sempre em nós
É existir na presença dele
Pensar na presença dele
Viver na presença dele
É respirar - sem pirar - na presença dele
É deixar sua palavra domar os nossos pensamentos
Sentimentos, desejos, vontades e sonhos
É fazer sempre a vontade dele
É falar com ele, ouvi-lo e obedecê-lo
Sim, amor é gesto de fé, esperança e gratidão
*
Da mesma forma, amar o nosso próximo
É ser um com ele - É ter fé nele
Porque amar, é ter fé no outro
É olha-lo de modo positivo
E estimular e esperar o que há de melhor nele
Não é criticar, julgar e condenar...
*
O amor é também um ato de compaixão
É sentir a dor que o outro sente
É se colocar no lugar dele
Fazer do sofrimento dele
O seu próprio sofrimento
É chorar com ele - e sorrir com ele
É estender a mão..., é acolher e socorrer
*
Não, o amor não é uma teoria
O amor é uma profunda experiência de vida
Uma experiência sublime...
*
Sim, o amor é transcendente
Mas também é imanente
Porque, quem ama
Ama a Deus - que é Espírito
E ama também o seu irmão
Que é carne e sangue...
E reparte com ele
Em comunhão
O seu pedaço de pão
VBMello