1.9.14

Jesus - o primeiro amor...



 












"Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; senão, virei a ti e removerei o teu candelabro do seu lugar, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2:4-5)
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Não existe nenhum estado elevado de amor ou conhecimento, que para continuar sendo amor e conhecimento, escape da necessidade de sempre retornar ao primeiro amor de Deus, fonte de todo amor e sabedoria. Como a corça que corre para as águas, nós também, ao menor sinal de sede, devemos correr para a fonte de água viva, que é Cristo. E isso, por uma razão muito simples, não existe vida fora de Cristo.  Nada substitui a experiência pura do primeiro amor. Perdê-la, isto é, distanciar-se da verdadeira motivação pela qual Deus nos ordenou viver a vida, é uma perda grave para a nossa alma. 

É uma grave perda, porque de todas as coisas que pensamos, falamos e fazemos, somente aquilo que pensamos, falamos e fazemos motivados pelo amor, permanecerá para sempre, como parte daquele tesouro que Cristo nos recomendou juntar no céu. Com efeito, de todas as coisas que realizamos nessa vida, somente as coisas que realizamos movidos e motivados pela simplicidade do verdadeiro amor, terão algum valor nos dias da eternidade. O resto das nossas palavras e realizações, a traça comerá e a ferrugem corroerá. No fim de todas as coisas, somente o que nasceu do amor, permanecerá para sempre.

Fora do amor, as nossas palavras e as nossas obras, são como orgulhosas bolhas de sabão, que desaparecem quando tocadas pelos primeiros raios do sol do amanhecer.  O que não nasce do amor, não suporta a nem a força do tempo e nem a força das intempéries. Quando a tempestade cai e as águas sobem e o vento sopra com fúria, tudo que não está firmado na esperança, na fé e no amor, cai, desmorona e desaparece como se nunca tivesse existido. 

Com efeito, a força, a permanência, a graça e o valor de tudo que fazemos, encontra-se unicamente no amor e na fé com que nos dedicamos ao trabalho de realizá-las. Tudo que é realizado sem fé e sem amor, é palha para o fogo e cinza que o vento leva num instante.

As verdadeiras realizações da nossa vida, são realizações e criações inspiradas pela fé e motivadas pela graça do amor. Em todas as coisas, é o amor de Deus que nos capacita para as boas obras. Sem essa graça de Deus, seriamos completamente incapazes de realizar qualquer boa obra. 

Mas o amor é um fogo que precisa ser continuamente mantido. Para permanecer, o amor precisa ser renovado dia após dia. Para que o amor não esfrie, a comunhão deve ser constante. Devemos realmente viver sob a graça de Deus e devemos tirar dele toda a nossa força, fé e esperança. Devemos sempre retornar ao primeiro amor. Na verdade, nunca devemos nos afastar dele, pois ele é Cristo, a fonte única da nossa vida. Longe dele, a nossa motivação para as boas obras esfria e se apaga como uma brasa tirada do fogo. Para que a força espiritual da nossa vida continue fluindo sem cessar, na intimidade do nosso coração, Cristo deve reinar sem cessar e a experiência do primeiro amor deve ser constante, como um fogo que arde sem cessar. Perder essa experiência, é perder tudo... É se transformar num corpo sem alma e vagar sem destino, perdido no mundo, vazio e sozinho, uma sombra entre outras sombras...
_VBMello

30.8.14

Vejo uma nuvem de trevas surgindo no horizonte, do tamanho da mão de um homem...

Nestes dias em que a religião fundamentalista quer virar política e transformar o Brasil num talibã evangélico... Vejo uma nuvem de trevas surgindo no horizonte, do tamanho da mão de um homem...
VBMello

21.8.14

O Evangelho submeteu tudo ao amor, até mesmo a verdade.

Portanto, cada um de vós deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo Corpo.(Ef 4:25)
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O Evangelho submeteu tudo ao amor, até mesmo a verdade. A verdade é absolutamente importante para o bom desenvolvimento e manutenção dos relacionamentos humanos. É a partir da prática contínua da verdade, que os laços humanos se constroem, se fortalecem e se sustentam. Quando a confiança é perdida e a mentira se estabelece, os laços humanos se enfraquecem, balançam e desmoronam. 

A verdade é o fundamento da confiança entre as pessoas de boa vontade. A mentira, desnecessário dizer, tem a sua inspiração no demônio, que é o pai da mentira. Assim como nada de bom vem do demônio, nada de bom vem da mentira. A mentira espalha a desconfiança, o medo e a ansiedade entre os homens. Uma casa de mentirosos é um lugar satânico demais para se viver, nada floresce, nada frutifica, nada prospera... A verdade é essencial para o bom desenvolvimento da vida, da confiança e da paz entre as pessoas.

Entretanto, não é porque a verdade é importante, que ela pode ser dita de qualquer maneira. Tão importante quanto a verdade é o espírito com que ela é dita. Falar a verdade não é falar a o que vem na cabeça. Não é impor no grito e na marra a sua própria opinião ou vontade. Falar a verdade não é tentar se dar bem em cima das fragilidades dos outros. A verdade exige o respeito - e a manutenção - dos direitos dos outros. Com a intenção perversa de ser dar bem, humilhar, desqualificar ou destruir alguém, até o diabo fala a verdade.

A verdade que tenta se estabelecer pela força, pela humilhação e pela submissão do outro, pode causar – e causa - tanto estrago nos relacionamentos, quanto a mentira. Autoritarismo, indiferença, ódio, vingança, interesse próprio, e coisas semelhantes a essas, são coisas que não combinam com a verdade. Jesus, a verdade encarnada, era manso e humilde de coração.

Portanto, ainda que eu fosse a pessoa mais verdadeira do mundo, e não mentisse jamais, mesmo assim, se ao abrir a minha boca para dizer a (minha) verdade, eu a gritasse com autoritarismo e sem amor, deixaria após mim, um rastro de ódio, frustração e desilusão. Porque a verdade dita sem amor, gera ódio, raiva, confusão, desunião e fragiliza e destrói os laços humanos, tanto quanto a mentira. 

Somente a verdade dita com espírito manso e coração humilde, solidifica os laços humanos. Somente a verdade dita com amor, une as pessoas. Somente a verdade dita com amor, cria um ambiente de paz e confiança mútua. 

O resto, a verdade berrada, resmungada, adulterada, fofocada ou dita com ódio, autoritarismo ou indiferença, falada mais por vingança do que por amor, tanto como a mentira - ou até mais do que a mentira - espalha o caos, devasta o coração e arrasa a união, a paz, a amizade e a confiança entre as pessoas...

O objetivo da verdade é desfazer mal-entendidos e não os criar. O objetivo da verdade é acender uma luz, promover o diálogo e não humilhar e emudecer as pessoas. Aquele que vive, existe e se move a partir da fé em Deus, jamais diz a verdade sem amor, pois Deus é amor. A verdade que nos faz filhos de Deus é a verdade dita com amor. Sem amor, a verdade é só mais uma ferramenta do diabo. 

De preferência, a verdade é algo que se fala olhando nos olhos do outro, não com atitude de ameaça, mas de confiança, serenidade e paz. A verdade não deve ser dita como quem ruge ao derredor. É o diabo que anda rugindo ao derredor. 

Assim, o modo rude e grosseiro com que muitas vezes falamos a verdade, usando-a muitas vezes como ferramenta de vingança, jogando-a na cara do outro, sem escolher o tempo, a hora e o lugar certo de dizê-la, mas falando-a de qualquer maneira, em qualquer tom grosseiro e violento de voz, e ainda assim, nos achando verdadeiramente dignos porque em todas as ocasiões, falamos somente a verdade, de algum modo, nos coloca ao lado do diabo e do mentiroso. Isso é algo que não cai bem num filho de Deus, usa a verdade para machucar as pessoas. Isso é coisa do diabo.

Agindo assim, furtamos ao espírito da verdade o amor com que ela pede para ser dita. O amor não é violento, o amor não é precipitado, o amor não é vingativo. O amor é, acima de tudo, amigo, calmo, suave, humilde e tranquilo. Tudo que nasce do amor, amor é. Tudo que nasce do amor, se manifesta com gentileza e bondade. Tudo que nasce do amor, pensamentos, atos, palavras, o que for, quer o bem das pessoas.

O amor quer o bem-estar do outro. Mas a verdade dita com ódio, não visa o bem-estar de ninguém, não visa a sua redenção ou amizade, Visa, isso sim, destruí-lo, humilhá-lo, envergonhá-lo e afastá-lo do nosso meio. É isso.
_VBMello

19.8.14

O ódio cega, rouba, destrói e mata...


De todas as tolices humanas, o ódio é a maior de todas. Quem se orgulha de odiar, quem bate no peito e diz que gostaria de ver alguém se dar mal, orgulha-se da sua própria estupidez e pequenez espiritual. Sim, o ódio não é apenas uma estupidez, é também uma pequenez do espírito, diga-se de passagem, uma pequenez e uma violência cometida contra si mesmo, pois quem odeia o seu próximo, sem saber odeia a si mesmo.

A função do ódio é uma só, destruir quem odeia...


Toda impossibilidade do espírito humano nasce da falta de amor. As possibilidades existenciais de um coração sobrecarregado de ódio são mínimas, e previsíveis. Nada é mais previsível do que um coração amargurado.

Onde faltar o amor, necessariamente faltará a espontaneidade e a criatividade da vida, restando apenas a mesmice do ódio.

Jardim da Alma - Fragmento autobiográfico – metáfora da vida espiritual


Em que grande aridez tem florescido essas poucas flores e frutos da m’alma... Em tudo é um milagre que, nesta terra seca do meu coração, ainda existam umas poucas flores e frutos. Dependesse de mim, tudo estaria perdido...