Vivemos um tempo, em que
A nossa necessidade de Judas, para malhar
É maior do que a nossa necessidade de justiça
Descemos o malho no Judas
E esquecemos que o galo
Que testemunhou a covardia de Pedro
É o mesmo galo que canta e zomba
Da nossa suposta fome e sede de justiça
Seria cômico, não fosse trágico...
E eu fico aqui, no meu canto
Pensando o que as gerações futuras, dirão de nós
Como cidadãos e como crentes...
Desconfio, que não sairemos bem na foto...
Ah, meu Deus... A vida seria tão mais fácil, tão mais feliz
Se ao invés de sermos massa de manobra
Nas mãos corruptas, dessa corja... Aprendêssemos votar...
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O tempo urge... Bora para a rua, povo, malhar uns Judas
E tentar limpar a cagada que fizemos
Talvez assim, quem sabe, a nossa consciência
Nos acuse menos... de burrice e ingenuidade...
Afinal, pelo tempo decorrido, já deveríamos
Ter aprendido – de uma vez por todas
A não mais acreditar, em conversa fiada de político
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_VBMello
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